Fichamentos


FICHAMENTO 1


VALENTE, J. A. Aprendizagem continuada ao longo da vida o exemplo da terceira idade. In
KACHAR, V (Org) Longevidade: um novo desafio para a educação. São Paulo : Cortez,
2001, p.1-17

            José Armando Valente nasceu em Jaboticabal-SP em abril de 1948. É doutor em filosofia, título obtido no Departamento de Engenharia Mecânica e Divisão de Estudo e Pesquisa em Educação do Massachussets Institute of Tecnologic. Pertence ao Departamento de Multimeios do Instituto de Artes (IA) da Unicamp. É especialista em informática na educação e coordenador-associado do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied). É membro da The American Association for Artificial Intelligence (1985), da Associação de Informática Educativa (1989) e da The New York Academy of Science (1992). É professor visitante do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da PUC-SP desde 1997. Foi vice-coordenador do Núcleo de Informática Biomédica (NIB) da Unicamp de 1983 a 1986 e professor visitante no Massachusetts Institute.
             O autor inicia o texto discutindo o conceito de ensinar e aprender fazendo a distinção entre esses dois termos, além de explicitar o modo no qual são utilizados e aplicados nas relações sociais. Realiza-se o estudo da origem da palavra ensinar e aprender, onde as mesmas são oriundas do Latim “insignire” e “apphendere”.  
            Considera-se a contribuição de MIZUKAMI (1986) quanto à abordagem tradicional de transição de informação. Assim como FREIRE (1970), o autor critica o modo de passar o conhecimento no qual o aprendiz se torna mero receptor de conteúdos sendo incapaz de fazer contribuir com novas aprendizagens, ou seja, tanger pelos princípios da Educação Bancária.
              Acredita-se que o próprio sujeito através do seu meio social no qual está inserido pode e deve em suas relações pessoais aprender e transmitir conhecimentos. O sujeito não precisa necessariamente se fazer presente em um ambiente fechado, formal e tradicional para aprender e transmitir conhecimento. Afirma-se que a criança antes de adentrar no espaço escolar possui uma pré-disposição para aprender. Isso pode ser exemplificado nos jogos, brincadeiras, que as mesmas realizam no qual acaba servindo como facilitador do desenvolvimento da criança. 
            FREIRE (1970), PIAGET (1976), VYGOTSKY (1991), WALLON (1989) são autores sócios-interacionistas que discutem a aprendizagem na relação entre sujeito e objeto. PIAGET (1976) acredita que as pessoas têm a capacidade de aprenderem a todo o momento. Um exemplo disso é a curiosidade da criança, onde a mesma através das suas incertezas formula hipóteses e teorias ao mesmo tempo, de forma mais simplória, porém verídicas. É certo que quando aprendemos de forma informal tendemos a sentir mais prazer naquilo que se realiza. Todas as pessoas são capazes de transmitir e cultivar valores.
            A aprendizagem na terceira idade caracteriza-se quando a pessoa deixa a carreira profissional e passa dedicar-se naquilo que sente mais prazer. Trata-se muitas vezes da superação dos desafios que até então não era trabalhado internamente pelo sujeito. Nos programas educacionais para a terceira idade percebe-se que as trocas de experiências são mais importantes do que testes e provas. O que se procura nesse caso é a interação entre alunos e professores proporcionado prazer naquilo que se estão fazendo. Os idosos vão enfrentar inúmeros desafios que se assemelha bastante com os das crianças como: ordem motora; falta de destreza; desafio conceituado; desafio de postura e atitude. Os idosos que se achavam incapazes em um momento seguinte irão superar suas próprias limitações.
          Acredita-se que a escola tende fazer que os alunos sejam meros receptores de conteúdos. Os estudantes são objetos de um ensino repressivo e oprimido, porém quando são postos a aulas extras classes, os estudantes absorvem mais conhecimentos. Isso ocorre devido ao fato que quando o aluno interage e estuda em um espaço não formal os mesmos deixam de serem receptores passivos no processo consequentemente se tornando cada vez mais ativos criticamente. Muitas vezes a escola não ajuda o aluno “a aprender” serem autônomos e críticos, quebrando com o paradigma de serem meros objetos. No espaço educacional é importante que o aluno aprenda também aquilo que realmente gosta e de fato proporciona prazer individual.
           É necessário que se cria ambientes de aprendizagens que não seja no sentido tão somente de aulas formais no espaço escolar. O individuo sempre deve ser estimulados por agentes da aprendizagem a estar buscando novos conhecimentos a cerca do mundo e dos seus ideais. Para isso também se faz necessário ter um suporte para aprendizagem o que não significa que necessariamente esse suporte estará presente tão somente na escola. A sociedade deve facilitar a aprendizagem continuada oferecendo recursos e mecanismos para que o próprio indivíduo possua mais animo em aprender. É importante que a escola esteja preparada para cultivar a aprendizagem continuada.
            O ambiente de aprendizagem é composto pelo aprendiz, atividade e agente da aprendizagem, onde que o ideal é que nada seja imposto de forma rígida para o aprendiz, mas sim construído em conjunto. O papel do educador do futuro deve ser consciente e tangido pelo ideal em despertar o papel do agente da aprendizagem.
            Os educadores devem desempenhar um papel diferente do que se tem nos dias atuais. Deve dar liberdade ao aprendiz a criar situações onde possam refletir criticar e dialogar sobre as coisas. É importante que essas idéias não fiquem só no papel, mas sim sejam postas em prática. É ideal que o educador: trabalhe com projetos educacionais; Crie condições para o aprendiz desenvolver a predisposição para a aprendizagem, vivenciando a aprendizagem ao longo da vida.
            De fato o texto do VALENTE (2001) é extremamente interessante e excelente recurso pedagógico para os cursos superiores voltados para a área da educação, uma vez que esboça o que muito tem discutido no cenário educacional, o papel do professor na mediação do aluno. Ainda é muito comum que os educadores emitem tão somente a educação de forma repressiva deixando o aluno incapaz de criticar ou ser capaz de possuir autonomia quanto ao modo de ser e estar.
            Outro ponto que se discute e que merece destaque é o modo no qual é passado o processo de aprendizagem que o indivíduo é submetido.  Nas fases da vida humana: infância; criança; adolescência; adulta e velhice, as mudanças físicas, psicológicas e sociais são inevitáveis. O texto esboçou de forma clara e objetiva o que se assemelha e distingue em cada fase.  O conhecimento é tido de forma distinta em cada etapa da vida humana, uma vez que por se tratar de um período de mudanças será inevitável que o ser humano pense, age e seja da mesma forma durante toda sua existência.                       
                             

                                       FICHAMENTO 2

Educação,páginas 166-170, de autoria de Bianca Santana e Carolina Rossini. In: BRAMBILLA, A. (org). Para entender as mídias sociais.


            O fichamento no qual esboçarei se trata de uma parte da obra: Para Entender as mídias sócias, cuja autoria é de Bianca Santana e Carolina Rossini.  No livro as autoras discutem o processo de intervenção que as mídias vêm exercendo, não tão somente no cenário educacional, mas sim no setor da economia, política, ou seja, nas relações sociais de forma amplificada.
          No capítulo do livro (páginas 166-170) as autoras dão início ao texto explicitando a relação entre os recursos tecnológicos e a educação, o papel que a tecnologia vem exercendo em prol da transmissão de conhecimento dentro e fora das salas de aulas. Acredita-se que a tecnologia pode servir de apoio na mudança do modo no qual se vem fazendo educação.
            Nos dias atuais um dos papéis da internet é tornar o conhecimento múltiplo sendo possível buscar e chegar a determinadas pesquisas em questão de minutos. Nesse novo mundo globalizado os indivíduos têm a possibilidade de conhecer e interagir com diferentes culturas, sem ao menos saírem de suas residências, deve-se isso a revolução tecnológica que possibilitou a humanidade evoluir na saúde, educação entre outros aspectos.  É possível e faz-se necessário a utilização cada vez mais acentuada dessa nova tecnologia para com a educação.
             Outro ponto que é ressaltado são exemplos que deram certo na relação entre educação e tecnologia como é o caso do Indiano Sunl Singht e da Norte Americana Catherine Schnid Jones, uma vez que os dois proporcionaram contribuições em prol da transmissão de conhecimento com a junção de estudo, informação e tecnologia ao mesmo tempo.
              Argumenta-se também sobre o programa que a Secretaria Estadual de Educação do Paraná, que deu a oportunidade aos professores publicarem textos online com o princípio de relacionar a teoria, com o que trabalhavam em suas docências nas salas de aulas. Muitos desses trabalhos foram agrupados, e em um momento seguinte se tornaram livros didáticos destinados ao ensino médio, além de proporcionar a possibilidade de inúmeros alunos e professores poderem consultar esse material totalmente gratuito e impresso caso seja a opção.
           Critica-se o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) por sua teoria constituinte se tratar de um só conteúdo destinado a todos os alunos do Brasil, sem levar em consideração a extensão territorial do mesmo, além da inúmera diversidade cultural de cada região. Assim, como esboça o texto, não faz nenhum sentido um livro feito em SP ser usado em outras regiões do país, além do mais que esses mesmos livros são fechados quanto à intenção do educando e docente em fazer modificações em seu conteúdo pré-estabelecido.
            Deste modo acredito que todos os livros didáticos deveriam ser oferecidos online na internet, uma vez que até as pessoas que por eventualidade não são quadros constituintes e atuantes das escolas teriam a possibilidade de interagir e aprofundar seus conhecimentos através do material didático virtual.





FICHAMENTO 3
MORAN, J. M. A Integração das tecnologias na educação

 
            José Manuel Moran é Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes. Tese: Educar para a Comunicação; Análise das experiências latino-americanas de leitura crítica da comunicação. Publicada, com alterações, com o título: Leituras dos Meios de Comunicação. São Paulo, Editora Pancast, 1993. É diretor de Educação a Distância da Universidade Anhanguera-Underp. Trabalha na conferência e projetos em educação humanista inovadora presencial e a distância. É professor de Novas Tecnologias na Universidade de São Paulo (aposentado).
           O texto inicia fazendo uma analogia reflexiva para com a função da digitação do computador de acordo com suas especificidades levando em principio norteador as interações sociais entre os indivíduos. As tecnologias principalmente voltadas para o termo internet evoluíram de forma rápida e sistêmica, uma vez que tempos atrás era possível acessar as redes sociais apenas com o computador. Nos dias atuais celulares, relógios entre outros aparelhos já são capazes de ter não tão somente a função pré- determinadas, mas também de internet, vídeos, armazenamento de musicas etc.
            São inúmeras tecnologias que estão se acentuando no mundo globalizado em que estamos inseridos. Essas tecnologias podem servir como apoio pedagógico dentro e fora das escolas e também nas salas de aulas das instituições de ensino. Porém, existe certa resistência por vários conservadores da educação que questionam se de fato o uso dessas tecnologias será de valia para com os alunos. Isso se da devido pelo motivo de que muitas vezes essas tecnologias estão sendo utilizadas de forma descontextualizadas, a fim de servir apenas como “tapa tempo” nas aulas do ensino regular.
            Nos dias atuais a internet está mudando a forma de transmissão de conhecimento, uma vez que para aprender e ter aulas o indivíduo não necessita mais ir até o espaço escolar formal. O uso da educação On-line particularmente os cursos de EAD fez com que muitas pessoas se interessassem por essa opção de ensino, devido ao fato da comodidade que é oferecido neste tipo de serviço criando uma expansão na oferta de procura e venda desse tipo de ensino.
            Outro ponto que se destaca é que na grande maioria das vezes os alunos estão preparados para utilizarem dos recursos tecnológicos, porém inúmeros professores não estão. Professores, que muitas vezes não assumem que de fato não sabem utilizar esses recursos e por causa disso trata os estudantes com indiferença e repressão.
            Muitas instituições de ensino oferecem os recursos tecnológicos, porém não estão pensando na qualificação dos professores para o manuseio e utilização da tecnologia. Hoje, muitos cursos presenciais e on-line continuam com o caráter conteudista e individualista no modo de transmitir educação, é necessário quebrar os paradigmas e focar na construção do conhecimento através das interações entre os sujeitos nas trocas de saberes.






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